segunda-feira, 31 de março de 2008

Dúvidas ProUni

Em época de vestibulares, os alunos normalmente se deparam com uma questão crucial para as difíceis tomadas de decisão que são exigidas ao longo do ano… qual carreira escolher?? O que estudar?? Onde tentar??

Em vista das dificuldades financeiras, os alunos de cursinhos populares como o CP² deparam-se ainda com uma dificuldade extra: a quase obrigação de passar numa universidade pública, visto o preço alto das mensalidades das maiores universidades particulares do país. No entanto, a aprovação numa universidade pública parece sonho distante para muitos alunos, visto a altíssima concorrência para a grande maioria das carreiras disponiveis. Muitos vestibulandos se arriscam a prestar processos seletivos de universidades particulares, e em muitos casos abandonam seus cursos antes do término, por falta de condições financeiras, individuais e/ou familiares, que possibilitem a continuidade dos estudos. Os vestibulares para universidades particulares é um dilema, que segue o vestibulando ao longo de todo o ano…

Em vista dessa dificuldade extra dos vestibulandos de pouco poder aquisitivo, o Governo Federal lançou, em janeiro de 2005, a lei federal de criação do ProUni (sigla para “Programa Universidade para Todos”), um programa de bolsas de estudos para alunos carentes. No entanto, o ProUni ainda é pouco difundido aos vestibulandos, e muitos ainda não sabem o que é o programa em questão. Como ainda estamos no começo do ano, e a maioria dos vestibulares acontece nos meses que antecedem o reveillón, aí vão algumas informações necessárias e esclarecedoras a respeito, para que o aluno saiba de antemão (e não se desespere na última hora) o que afinal é o ProUni:

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Segundo o site oficial do programa, o ProUni tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao programa. O programa dispõe de bolsas de estudo parciais ou até mesmo integrais, abatendo em grande parte o preço de uma universidade particular para alunos de baixo poder aquisitivo, facilitando os estudos de alunos carentes de universidades importantes, como as PUCs, Mackenzie, UNIPs, dentre outras. Note que nem todos os alunos que se cadastram no ProUni são contemplados com bolsas parciais ou integrais: trata-se de uma seleção, de acordo com os dados sócio-econômicos de cada candidato, detalhadamente preenchidos pelos candidatos no ato da inscrição, que se dá exclusivamente via web.

Fonte original da informação: http://portalcp2.wordpress.com/2008/03/31/o-que-e-prouni/


Quando começa o ProUni ?

As inscrições para o programa ProUni são feitas exclusivamente através do site, em prazos definidos e divulgados com certa antecedência. O ideal é que o vestibulando que se interessar pelo programa em questão acesse o site do ProUni com certa regularidade (uma ou duas vezes por semana é um bom número, visto que as inscrições são feitas, no geral, em prazos bem curtos) para que não haja atrasos ou perdas de prazos de inscrição. Clique aqui para consultar a página principal do ProUni, para maiores informações e possíveis prazos de inscrição.

Fonte Original da informação: http://portalcp2.wordpress.com/2008/03/31/o-que-e-prouni/

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sobram 36 mil bolsas no ProUni

O primeiro processo seletivo de 2008 do Programa Universidade Para Todos (ProUni ), do Governo federal, teve sobra de 36.312 bolsas de estudos. Esse número corresponde a 34,2% do total de 106.134 benefícios ofertados em instituições de ensino superior particulares em todo o país. Os dados foram informados pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SeSu/MEC).

As bolsas não preenchidas serão destinadas para a seleção de vagas remanescentes que será feita pelas instituições. De acordo com a SeSu, a maior sobra ficou por conta das bolsas parciais: restaram não preenchidos 24.573 benefícios. As bolsas de estudo integrais não utilizadas foram 11.739.

Os motivos para o não preenchimento são diversos e variam caso a caso. Em alguns casos, estudantes pré-selecionados para bolsas parciais desistiram do benefício porque não podem se manter no curso ou necessitam mudar de cidade para estudar.

Na semana passada, foi publicada no Diário Oficial da União uma portaria que trata da utilização das vagas do programa não preenchidas. Os benefícios poderão ser destinados a estudantes que passarem por processo seletivo das instituições já para este semestre letivo ou oferecidas a alunos veteranos com bom desempenho acadêmico.

As instituições de ensino superior também podem optar por ofertar os benefícios remanescentes no processo seletivo do meio do ano.

De acordo com as regras do MEC, têm prioridade para ocupar as bolsas os estudantes e professores da rede pública de ensino, matriculados em licenciatura, normal superior e pedagogia e os alunos de qualquer curso autodeclarados indígenas.

A SeSu informa que boa parte das vagas remanescentes se encontra em uma categoria de “benefícios adicionais”, oferecidos por interesse próprio das faculdades e centros de ensino. Essas bolsas não são contabilizadas para efeito de isenção fiscal das universidades e não representam prejuízo para os cofres públicos.

O programa

O ProUni é um programa do Governo federal que oferece bolsas integrais e parciais a estudantes de baixa renda em instituições de ensino superior privadas. Em contrapartida, as instituições que aderem ao programa recebem isenção de alguns tributos.

As bolsas integrais são para estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As parciais, de 50% da mensalidade, são para estudantes com renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos. O ProUni também oferece bolsas de 25% para estudantes com renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos para cursos com mensalidade de até R$ 200.


Só pode se candidatar, o estudante que participou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve nota mínima de 45 pontos (média aritmética entre as provas de redação e conhecimentos gerais). Os resultados do Enem são usados como critério para a distribuição das bolsas de estudos. Assim, os estudantes que alcançam as melhores notas no exame têm maiores chances de escolher o curso e a instituição em que estudarão.

Fonte Original da informação:

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL364985-5604,00.html


terça-feira, 4 de março de 2008

Faculdade dará desconto para carteiro que perdeu bolsa do ProUni

Foi com a voz embargada que o carteiro gaúcho Rudimar da Cruz Machado, de 34 anos, que recebeu a notícia da reportagem do G1 de que receberá uma bolsa de estudos de 50% no curso de direito, nos mesmos moldes do Programa Universidade para Todos (ProUni), da faculdade particular em que foi aprovado.

Machado se cadastrou no programa de bolsas do Governo federal e foi selecionado na segunda chamada, mas perdeu o prazo de inscrição na instituição porque a correspondência que o Ministério da Educação (MEC) enviou para ele avisando que ele estava pré-selecionado foi entregue pelos Correios com dois dias de atraso.

Como forma de protesto, Machado - que ironicamente é carteiro - acorrentou seu pé esquerdo e ficou sentado na frente da agência dos Correios em Rio Grande para esperar uma solução para o caso. Separando o carteiro do cidadão, ele passou o sábado e o domingo no local e na segunda-feira (3) cumpriu o expediente normalmente.

"Nossa, eu nem acredito. Estou muito feliz, não sei nem como agradecer, não sei o que dizer. Vou fazer a faculdade de direito, que era um sonho meu, e vou poder dar um futuro melhor para a minha filha", comemorou o carteiro, que afirmou que mesmo assim ainda quer saber de quem é a culpa pelo atraso na entrega da correspondência.

Machado sabe, porém, que terá que continuar batalhando para conseguir pagar os outros 50% do valor da mensalidade do curso para dar continuidade nos estudos, já que ele recebe um salário de R$ 600 como carteiro e a mulher dele recebe R$ 400 como faxineira. "Agora vou começar uma outra luta, mas não me arrependo. Tenho força de vontade e vou lutar até o fim para terminar o curso", afirmou.

Em nota oficial enviada ao G1, as Faculdades Anhanguera afirmaram que avaliaram o caso e se sensibilizaram com a situação do carteiro e por isso vão integrá-lo imediatamente à instituição, oferecendo a bolsa de estudos com 50% de desconto na mensalidade, nos mesmos moldes do Prouni.

A instituição também afirmou que vai auxiliar Machado nos trâmites necessários para a busca de seus direitos, juntos às instituições envolvidas no atraso e aceitação da sua bolsa governamental. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a direção já está tentando entrar em contato com Machado para que ele possa efetivar a matrícula no curso.

Fonte Original da informação:

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL336393-5604,00.html


segunda-feira, 3 de março de 2008

Carteiro perde bolsa do ProUni por atraso na correspondência

O atraso de dois dias na entrega de uma correspondência do Ministério da Educação (MEC) para o gaúcho Rudimar da Cruz Machado, de 34 anos, fez desabar os planos dele em conseguir cursar direito em uma faculdade particular em Rio Grande, no interior do Rio Grande do Sul.

A correspondência informando que Machado tinha conseguido 50% de bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni ) foi entregue depois do prazo final de inscrição. Ironicamente, Machado é carteiro.

Como forma de protesto por ter perdido a bolsa de estudos, no sábado (1º) pela manhã Machado acorrentou o pé esquerdo e ficou em frente à agência dos Correios de Rio Grande (onde é funcionário) até esta segunda-feira (3) às 6h30, pois às 7h ele entraria em serviço. Ele montou uma barraca e se alimentou com ajuda da mãe, da esposa e de amigos.

Carta foi postada no dia 13 de fevereiro

Segundo Machado, o MEC postou a carta no dia 13 de fevereiro informando que ele havia sido pré-selecionado em segunda chamada para receber uma bolsa de estudos de 50% no curso de direito das Faculdades Anhanguera, na unidade de Rio Grande.

O prazo para que ele confirmasse seus dados na instituição - para conseguir definitivamente a bolsa de estudos do programa do Governo federal - venceria no dia 27 de fevereiro, 15 dias após a postagem. O problema é que Machado recebeu a correspondência somente na sexta-feira (29), dois dias depois do fim do prazo para comprovar os dados na faculdade.

"Alguém tem que responder por esse erro que não é meu. Há quatro anos eu tento passar em uma universidade pública e não consigo porque só estudo em casa, pois não tenho como pagar um cursinho. Fiz a prova do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], me inscrevi no ProUni, passei e agora por culpa de alguém eu perdi o direito. Isso não é justo", disse Machado.

Machado é casado e tem uma filha. Ele mora em um bairro simples e não tem acesso à internet em casa. Como trabalha o dia todo na rua, quase não tem tempo de consultar a web. Segundo ele, a renda mensal familiar é de R$ 1.000 e a bolsa é fundamental para que ele possa realizar o sonho de fazer faculdade.

Protesto como cidadão

O carteiro fez questão de deixar claro que está protestando como cidadão e não como carteiro. "Não tenho como separar o carteiro do cidadão. O fato de eu ser carteiro é apenas uma coincidência", disse Machado, que trabalha nos Correios há um ano e meio e afirmou que teme perder o emprego por causa do manifesto.

Firme em seus objetivos, Machado afirmou que enquanto aguarda uma definição continuará trabalhando normalmente das 7h às 16h e fará o protesto depois do expediente até que a situação seja resolvida. Ele disse que pretende entrar com uma ação judicial para encontrar os responsáveis pelo atraso.

"Estou indignado e quero a minha bolsa de estudos. Não estou pedindo favor para ninguém, apenas quero meu direito. O cidadão tem que ter voz para reclamar", disse.

O que diz a faculdade

Segundo a assessoria de imprensa das Faculdades Anhanguera, a instituição também está com problemas na entrega de correspondências para alunos - eles não estão recebendo os boletos com as mensalidades - o que pode reforçar que há algum problema com as entregas de correspondências em Rio Grande. A faculdade, no entanto, diz estar impotente para resolver o problema do carteiro Machado porque ela depende dos prazos pré-determinados pelo MEC, que tem um calendário nacional para o ProUni.

O que diz o MEC

A assessoria de imprensa da Secretaria da Educação Superior do MEC informou que a portaria que regulamenta o ProUni explica que é responsabilidade dos candidatos pré-selecionados em primeira, segunda ou terceira chamadas acompanhar os prazos estabelecidos na portaria e suas eventuais alterações. Para isso, ele pode usar o endereço do ProUni na internet ou o telefone 0800-616161. Ainda segundo a assessoria, a carta é apenas mais um documento para conferência e não poderá abrir exceções.

O que dizem os Correios

A assessoria de imprensa dos Correios foi procurada pela reportagem do G1 às 15h para que a empresa se posicionasse sobre a questão. Em nota enviada às 17h19, os Correios informam que "considerando que a entrega de correspondências está em dia naquela localidade, estamos tomando as providências administrativas necessárias à apuração da alegação de atraso na entrega da correspondência destinada ao Sr. Rudimar".

Os Correios não explicam quais são essas providências administrativas e não responderam os outros questionamentos da reportagem, entre eles qual o tempo médio de entrega de uma correspondência, qual a posição da empresa com relação ao manifesto do cidadão e se houve algum problema na entrega, já que a faculdade também reclamou de atrasos.

Procurada novamente pelo G1, a assessoria de imprensa informou que não tinha mais o que acrescentar porque já havia terminado o horário do expediente.


Fonte Original da Informação:

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL335249-5604,00.html